(autor: Fernando Thomazi; redação nº 192; obra nº 1172; reflexão cética e ateísta; começado em 07.01.2008; terminado em 28.01.2008)
Alega-se, segundo a fábula bíblica, oriunda da mitologia cristã, que Deus é ONIPRESENTE, ONISCIENTE E ONIPOTENTE... Que bonito, não é? Poético, até! Mas, deixe eu lhe perguntar uma coisa...
O que adianta ser um Deus onipresente, ou melhor, estar em todos os lugares do universo ao mesmo tempo, se não conseguimos detectar essa onipresença por nenhum dos nossos 5 sentidos básicos, nem por nenhum aparelho detector? Que diferença faz ser ou não ser onipresente, se o resultado conseguido é exatamente igual? Dá no mesmo!!! Se você diz usar o mecanismo da “fé” para perceber a existência de Deus, vale lembrar que a fé, nesse caso, é uma ferramenta igualmente válida para perceber a existência do papai noel, do coelhinho da páscoa, fadas, anjos, gnomos, duendes e todos os outros milhares de deuses que se alegam existir!... Portanto, escolha a sua superstição preferida e divirta-se!
O que adianta ser um Deus onisciente se esse Deus não pôde usar a sua onisciência para antever que a sua inteira criação, especialmente o Homem, resultaria numa bela porcaria, condenando bilhões de pessoas a um sofrimento terrestre absolutamente desnecessário, bem como na manutenção ininterrupta de um terrível inferno de fogo? Um Deus realmente amoroso que fizesse uso da sua onisciência para prever tudo isso, certamente usaria a sua onipotência para fazer as coisas saírem exatamente como Ele planejou, ou então, na pior das hipóteses, simplesmente não teria criado porcaria nenhuma, assim nos poupando a todos de tanto sofrimento!
O que adianta ser um Deus onipotente se esse Deus não usa seus superpoderes para regenerar uma perna amputada, por exemplo? Nem “umazinha” sequer! Quanto desperdício de poder!!! Em vez disso, Ele prefere usar seus superpoderes para exterminar crianças do planeta afogadas num dilúvio global, QUEIMÁ-LAS VIVAS até a morte em Sodoma e Gomorra, ou ordenar ao povo hebreu, na Bíblia, o esquartejamento de milhares de “crianças de colo”, filhos dos povos pagãos! Para isso Ele não poupa energia! Pois, aí está a resposta! Ao que tudo indica, Deus não cura amputados porque está economizando energia para a Sua guerra no Armagedon, ou Juízo Final, descrito em Apocalipse! E mais, você acha que a energia necessária para manter o inferno permanentemente aquecido onde arderão todos os ateus é pouca? Haja energia, hein?! Percebam que, para curar amputados ou evitar guerras e desgraças humanas Deus não gosta de usar seus superpoderes, mas para fazer churrasquinho de ateus no inferno, ah, para isso Ele tem poder de sobra!!!
Conclusão: Um Deus que possua essas “3 qualidades”, mas que não as usa com a eficiência que se espera de um Deus, é um Deus incompetente e, conseqüentemente, “IMPERFEITO”... Eu não adoraria um Deus imperfeito... E você, adoraria?...
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