Pat Condell Negando o Espírito Santo

"Aquele, porém, que blasfema contra o Espírito Santo jamais obterá perdão."
Marcos 3:29
Então...
...Olá, eu sou Pat Condell, eu nego o Espírito Santo; Sim, eu nego.
 Eu o nego pela manhã, ao anoitecer, e também no finzinho da noite eu, ativamente, nego o Espírito Santo. Aliás, quando eu não estou a negar o Espírito Santo eu não estou fazendo nada pois, adivinhem só: Estou sempre a negar o Espírito Santo. É isso aí. Esperando o ônibus você pode estar lixando as unhas ou lendo uma revista, mas eu estou a negar o Espírito Santo. Descendo a rua você olha as vitrines enquanto eu faço algo útil: Negar o Espírito Santo.
 Porque eu nego o Espírito Santo? Bem, se a blasfêmia era importante para Jesus, para mim também o é. Além disso, assim como as outras pessoas, eu sei o que se passa pelo Espírito Santo, e eu sei que o Espírito Santo, se é que já existiu, foi há muito tempo sequestrado por criminosos e mentirosos e agora é tão vazio quanto o sorriso de um 'cristão renascido'.
 E agora que negar o Espírito Santo toma tanto do meu tempo estou literalmente a queimar a Bíblia pelas 'duas extremidades'. Isso mesmo. Acordado ou adormecido eu nego com satisfação o Espírito Santo. Todo dia. De todo jeito: para cima, para baixo, de frente, de tras, de lado, ao avesso, de tras-para-frente. Perpetuamente ou para sempre, o que durar mais.
 Cada momento de minha vida é uma oportunidade preciosa para negar o Espírito Santo e tudo de horrível ele representa. Cada vez que respiro, em cada palavra que digo, cada ação minha até os mínimos detalhes é calculada especificamente para negar o Espírito Santo.
 Esse espírito irritante, vingativo e, na verdade, não-Santo Espírito do mito psicopata lá do céu. E para você. Bem, eu não posso dizer-lhe o que fazer. Mas se você tem algum senso e se você se importa com a sanidade dos seus filhos você negará o Espírito Santo porque o Espírito Santo o nega, como nega a mim e a toda humanidade.
 O Espírito Santo pode-se resumir em 3 palavras: Tu não deverás. Tudo que você quer fazer, você não pode. Não deveria, não é permitido, não ira fazer. E se você fizer, será torturado. Para Sempre. E é por isso que o Espírito Santo é nosso inimigo, não nosso amigo. Quer que neguemos nossa própria natureza, que sejamos ignorantes, temerosos e envergonhados. Que odiemos aos outros assim como a nós mesmos e que morramos no final das contas, sem viver. Não que vivamos sem morrer.
 E é por essas razões que eu nego O Espírito Santo...

Ateus Segundo a Bíblia São Tolos... Então Vejamos Alguns "Tolos"...

O Tolo diz em seu coração: "Não há deus". Eles são corruptos, eles fazem coisas abomináveis, não há nenhum deles que faça o bem.

"Tolos"... (de acordo com a bíblia)

Noam Chomsky - O "tolo" que...
- É professor de linguística no MIT
- Criou a teoria da gramática gerativa
- Entre 1980 e 1982 foi citado como fonte mais frequente do que qualquer outro estudioso vivo
- É considerado o principal intelectual público Americano de 2005

Francis Crick - O "tolo" que...
- Redescobriu o DNA
- Ganhou premio nobel de Psicologia e Medicina em 1962

Marie Curie - A "tola" que...
- Ganhou o premio nobel da Física em 1903 pela descoberta dos Raios-X
- Ganhou o premio nobel de Química em 1903 por mostrar o uso clinico dos raios-x

A Improbabilidade de Deus - Richard Dawkins

Muito do que as pessoas fazem é em nome de Deus. Os irlandeses mandam-se uns aos outros pelo ar em nome de Deus. Os árabes mandam-se a si próprios pelo ar em nome de Deus. Os imãs e os aiatolas oprimem as mulheres em nome de Deus. Os papas e os padres celibatários destroçam a vida sexual das pessoas em nome de Deus. Os shohets judeus cortam a garganta de animais vivos em nome de Deus. As proezas da religião no passado cruzadas sangrentas, inquisições que praticavam a tortura, conquistadores que assassinavam em massa, missionários que destruiam culturas, resistência reforçada legalmente e até ao último momento possível a cada nova verdade científica são ainda mais impressionantes. E tudo isto para quê? Creio que se torna cada vez mais claro que a resposta é absolutamente para nada. Não há nenhuma razão para que acreditemos que existam quaisquer espécies de deuses e há muito boas razões para que acreditemos que não existem e nunca existiram. Foi tudo um gigantesco desperdício de tempo e de vida. Seria uma anedota de proporções cósmicas se não fosse tão trágico.

O Ateu e a Morte - A Bíblia do Ateu - Alfredo Bernacchi

O medoooo... é tudo... O medo da morte. Do desconhecido depois da morte... E alguns se aproveitaram disso e disseram: -Venham cá que eu tenho um jeito de vocês viverem eternamente - E eles foram. E assim nasceram as primeiras religiões e as primeiras vítimas desse golpe barato de vigarista. Vida Eterna, Reencarnação, Paraíso no céu etc. E a alguns ainda convenceram: - Vai lá, mata e você vai mais rápido para o paraíso – E eles matam e se matam.
O chato é que essas pessoas acreditam em tudo com a maior facilidade. Vida eterna... Vê se pode!... Não somos deuses!... Somos simplesmente humanos, animais de sangue quente como tantos outros. Um furinho na barriga e pluft!...
Uma das coisas que o homem não se conforma é com a sua morte. Claro!... O cara inteligente estuda, estuda, ganha experiência consegue vitórias expressivas na vida (os que conseguem) e depois ficam velhos, doentes, inúteis e morrem?! Só isso? Tanto esforço para nada?
Então o homem de sucesso não se conforma com isso.

Uma Análise Ecológica do Suposto Dilúvio - Mário Vicente Caputo

"Como e em quanto tempo toda a água do dilúvio teria sido drenada e para onde? Um volume de água assim dobraria a quantidade desse líquido no planeta, diluiria e reduziria a salinidade dos mares e dos oceanos à metade, o que provocaria uma catástrofe inigualável no meio ambiente oceânico, dizimando a vida aquática marinha, que vive em equilíbrio, por milhões de anos, com a quantidade de sal de cerca de 35 gramas por litro de água."

Cristão, Apenas Responda!

Obviamente que parte dos visitantes do blog são cristãos que caem aqui por acidente, a questão é que você, cristão, que está aqui por acidente, não apenas ignore esta página, mas bata de frente com ela, só somos ateus porque vocês não são bons cristãos, nossa crítica vem justamente por vocês usarem um mito para criar uma forma de política, logo não achamos certo nem aceitamos, logo, criticamos.

Você cristão, temos algumas perguntas que você deve saber as respostas, então se manifeste:

- Porque dEUS nunca apareceu, nem sequer para vocês?
- Porque dEUS não responde nenhuma oração?
- Porque dEUS não faz nada, e vocês atribuem suas vitórias a ele?
- Porque dEUS simplesmente não faz NADA?

Lógica Cristã = Quanto Menos Pessoas Ouvirem Falar Sobre Jesus, Mais Pessoas Vão Para o Céu! - Fernando Thomazi

Se você perguntar a qualquer cristão, especialmente evangélicos protestantes, sobre o destino de pessoas que morreram sem sequer jamais ouvir falar sobre Jesus Cristo, invariavelmente você obterá a mesma resposta... As pessoas que nunca ouviram falar sobre Jesus e morreram nessa condição, não serão julgadas por Deus com o mesmo critério que são julgadas as pessoas que conheceram a mensagem do evangelho e não creram ou não aceitaram a Cristo como único e suficiente salvador. Portanto, os que nunca ouviram falar de Jesus, ao morrerem, irão direto para o céu!!! Detalhe: argumento pura e genuinamente cristão!

Livre o Seu Cérebro da Lavagem Cerebral - A Bíblia do Ateu - Alfredo Bernacchi

Durante toda a vida do ser humano, o desconhecimento, a ignorância sobre os fatos da Natureza complexa e maravilhosa, gerou deuses, para explicar os fenômenos como o Sol, a chuva, o trovão, a concepção, o ódio, o amor...
Conforme a ciência humana foi progredindo, descobrindo e resolvendo esses enigmas, os deuses foram caindo por terra, e ascendeu a inteligência e a capacidade do homem de criar e se assenhorear do seu próprio destino.

Um Ateu de Mau Humor - Você Já Falou Com Deus Hoje? - Vides Junior

Meras Asserções - Dan Barker

Mais ou menos seis meses depois da minha desconversão, almocei com Hal Spencer, presidente da Manna Music. Sua empresa é líder em produção de música cristã. Sob a luz da minha desconversão para o ateísmo, eu queria comprar de volta os direitos autorais dos meus musicais que eles continuavam a promover. "De jeito nenhum", ele disse. "Seus musicais são itens fortíssimos no nosso catálogo, e estão entre as poucas coisas que nos mantém no mercado." Falando em sentimentos confusos! Eu costumava ficar excitado só de ouvir esses relatos enaltecedores. Não mais.

O Paradoxo de Epicuro

Sentença

Se Deus é omnipotente, omnisciente e benevolente, então o Mal não poderia continuar existindo.
 
Explicação

Para Deus e o Mal continuarem existindo ao mesmo tempo é necessário que Deus não tenha uma das três caracteristicas.

Se for omnipotente e omnisciente, então tem conhecimento de todo o Mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Ele não é Bom.

Se for omnipotente e benevolente, então tem poder para extingir o Mal e quer fazê-lo, pois é Bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto Mal existe , e onde o Mal está. Então Ele não é omnisciente.

Se for omnisciente e Bom, então sabe de todo o Mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser omnipotente, pois se o fosse erradicava o Mal. E se Ele não pode erradicar o Mal, então porquê chama-lo de Deus ?

Outros Argumentos Sobre a Inexistência de Deus

Argumento da Inexistência de Deus Segundo a Contrariedade da Existência

Utilizando métodos da lógica e racionalidade humanas, pode-se dizer que ao tentar provar a existência de Deus e esta tentativa resultar em uma, comprovada, impossibilidade da prova, neste caso onde existem apenas duas possibilidades (existência ou inexistência), tal impossibilidade de prova determina a prova da possibilidade contrária, ou seja, a impossibilidade de provar a existência de Deus conclui determinadamente a prova de sua inexistência.

Um Ateu de Mau Humor - Quer Ouvir um Segredo Sobre Darwin? - Vides Junior

Um Ateu de Mau Humor - Apresentação - Vides Junior

Porque a Fé Merece Respeito? - Pat Condell

... Por que a fé merece tanto respeito?
Alguém pode me mostrar os cálculos porque eu simplesmente não entendo. As pessoas vivem me dizendo: "Você deveria ter mais respeito", "Você não precisa chamar as pessoas de doentes mentais só prque elas não concordam com você". Bem, não é porque elas não concordam comigo que eu as chamo de doentes mentais mas pelo que elas acreditam sobre a realidade, e o mais importante, o que elas querem fazer com essas crenças. Se fosse apenas isso, apenas uma crença então eu não teria nenhum problema em dar à religião todo o respeito que ela quer da mesma forma que eu respeitaria o modo de vestir de alguém ou a decoração de sua casa mesmo que eu achasse de mal gosto, eu a respeitaria o suficiente para não dizer nada.
Mas religião é mais do que aénas uma crença, religião quer impor uma moralidade universal, e por isso ela sempre atrai o tipo de pessoa que acha que a vida privada dos outros é da conta deles. E respeitar essa mentalidade é exatamente o que nos colocou nessa bagunça de hoje. Nós demos à religião crédito além da conta e imaginamos algo dela que não é, quando na verdade a fé nada mais é que a suspenção deliberada da descrença.
É um ato de vontade própria, não é um estado de graça, é um estado de escolha, porque sem evidências, você não rem motivos para crer além da sua vontade de acreditar, então porque isso merece mais respeito do que a vontade de enfiar um lápis no olho?
E por que fé é considerada um tipo de virtude? É porque implica uma certa profundidade de conhecimento? Eu acho que não. Fé por definição, não pode ser provada, então, nesse caso, ela deve estar entre as mais superficiais das experiências, no entanto, se pudesse iria fiscalizar cada ação, palavra e pensamento de cada pessoa nesse planeta, porque, não vamos esquecer, até um pensamento impuro é pecado.
Bem, eu acredito que a crença em Deus é um pensamento impuro, ela polui o nosso entendimento sobre a realidade, ela atrapalha, e traz o pior, no melhor de nós. que estamos preparando para descer tão baixo para envenenar as mentes ainda não formadas daqueles que mais amamos, nossos filhos, quando eles já estão crescido o suficiente para pensarem por si mesmos, é tarde demais elas foram completamente hipnotizadas.
Eu sinto muito, mas não tem como dizer isso de forma gentil: Se você enche a mente de seus filhos com imagens de Satan e do fogo do inferno, você é uma pessoa doentia, é você é um doente mental, e a única razão de você não perceber isso é porque você foi doutrinado por muito tempo por pessoas e instituições que realmente deveriam ter mais conhecimento.
A verdade é que suas crenças são infantis, suas escrituras são mentiras e seus deuses são ilusões e digo isso com o merecido respeito porque nenhum respeito é o que merece e além disso, qualquer um que exija respeito automaticamente merece ser ridicularizado se você merecesse respeito, você já o teria, você estaria o exibindo como um tele-evangelista faz com o dinheiro dos outros. Não o que você merece é ser ridicularizado.
Mas eu sou uma pessoa sensata e eu quero me esforçar então vou dizer o que vou fazer, eu vou respeitar as suas crenças enquanto eu conseguir manter uma cara séria enquanto penso nelas, o que deve ser mais ou menos meio segundo mas mais que isso não posso prometer nada.
Enquanto isso, eu não acredito que deus exista mas se eu estiver errado sobre isso, bem, que seja, não me importo com o que ele vá fazer e se ele quiser aparecer eu ficaria feliz em dizer isso na cara dele, se ele tiver uma. Mas se deus existe, eu quero que ele mesmo me diga, não quero escutar de ninguem mais, e caso esteja em dúvida, isso inclui você então, por favor, pare de citar passagens bíblicas para mim, eu estou por aqui com escrituras e francamente eu não me importo o que a bíblia ou o alcorão tem a dizer sobre qualquer coisa, porém até estar falando sobre seus sonhos que é essencialmente o que você está fazendo eu até entendo por que as pessoas são atraídas por escrituras e por religião, porque é tão fácil e conveniente está tudo prontinho pra você, tudo o pensamento que você precisa já foi feito, você não vai precisar ativar uma única célula cerebral.
Isso é tão conveniente, é quase moderno, mas o que você precisa entender/crer em algo, não importa o quão forte, não necessariamente o torna real. Você pode ser hipnotizado para crer que é uma galinha mas não pode esperar que outras pessoas partilhem dessa crença pelo menos até eles verem alguns ovos e esse é o ponto final aqui. Evidência. Se você me mostrar alguns ovos, então eu vou crer que você é uma galinha, ou cristão, ou muçulmano, ou qualquer coisa que você ache que seja. Mas até lá, por favor, não me peça para não ridicularizar suas crenças. Isso é o mesmo que pedir para não rir de sua peruca, isso só torna tudo ainda mais ridículo.

Por que dEUS Permite que Existam Ateus?

Vamos partir do princípio de que Deus é onipotente e onisciente... Sendo onisciente, Ele já sabia com muita antecedência, mesmo antes de eu nascer, que eu, Fernando Thomazi, me tornaria um ateu militante, e morreria nesta condição, sem acreditar em nenhum Deus, nem aceitar a Jesus como seu único salvador! Conseqüentemente, Deus já sabia que eu, Fernando Thomazi, após a minha morte, seria condenado ao sofrimento eterno no inferno de fogo! É lógico que, como é consenso entre os cristãos em geral, Deus justa e bondosamente me permitiu o livre arbítrio para que eu pudesse escolher livremente entre acreditar ou não nas fábulas bíblicas! Mesmo assim, estamos admitindo que Ele é onisciente, portanto, sempre soube qual seria a minha escolha. Pergunto... Se Deus já sabia que eu, Fernando Thomazi, deliberadamente escolheria não acreditar Nele e, conseqüentemente, seria condenado ao sofrimento eterno no inferno (isto, contra a minha vontade, é claro!), então por que, afinal de contas, Ele permitiu que eu até mesmo existisse um dia??? Não acham que Deus deliberadamente me causou um terrível mal? Se Ele realmente fosse amoroso, Ele nem teria me permitido nascer! Agindo assim, Deus teria me poupado de um sofrimento desnecessário e inútil por toda a eternidade!!! Obviamente que eu preferiria jamais ter existido do que passar a eternidade sendo atormentado no inferno! Eu sei... Eu sei que vocês cristãos vão vir novamente com o argumento do livre-arbítrio! Talvez eu não tenha sido muito claro aqui. Portanto, vamos refletir novamente no assunto, desta vez, com mais cuidado. E, desta vez, prestem mais atenção, por favor! Mais uma vez, vamos admitir por um momento que, sim, Deus existe, nos criou e nos dotou com o livre arbítrio para escolher acreditar ou não. Tudo bem até aqui? Ótimo! Agora, o que você espera que Deus faça? Que Ele aguarde pacientemente pela nossa decisão, para somente então “saber” qual será ela? Que ridículo! Isso não se parece em nada com o que deveríamos esperar de um Ser supremo supostamente “onisciente”, ou seja, que sabe tudo, passado, presente e futuro! Portanto, se admitirmos que especificamente o Deus da Bíblia é um Deus onisciente, Ele sabe sim, perfeitamente em todos os seus detalhes, qual será a nossa decisão tomada pelo nosso livre arbítrio! E pior que isso, mesmo sabendo de tudo isso, Ele simplesmente faz ou permite que aconteça! Por que, afinal de contas, Deus não permite que nasçam “apenas” pessoas crédulas, digo, crentes, dotadas de fé, de bom coração e obedientes, enfim, merecedoras de ir morar com Ele, desfrutando das delícias inimagináveis do paraíso invisível celestial??? “Esse” sim, sem sombra de dúvida, seria um Deus coerente, justo, amoroso, enfim, um Deus que faz jus ao nome que leva! Pois, agindo assim Ele teria evitado o sofrimento desnecessário de bilhões de pessoas ateístas, ou pecadores em geral, num terrível inferno!
Conclusão: o Deus da Bíblia, tal qual ela nos apresenta, é um Deus moralmente impossível e incoerente do ponto de vista lógico e racional! Mesmo que exista um Deus pessoal, certamente não é o Deus da Bíblia! Se fosse, este Deus seria a pior coisa que poderíamos esperar existir no universo!   

Fernando Thomazi 

Os Melhores Debates Ateus X Religiosos - Alfredo Bernacchi - Parte 1


DO FORUM RELIGIÃO É VENENO

Religião é um atraso de vida (2001).

Alfredo inicia o tópico assim:

Você, naturalmente, cético, resolveu ler esse artigo, para ver onde eu errei nesse raciocínio.
Naturalmente, pessoas religiosas, têm uma tendência natural de compreender a religião, encontrar suas vantagens, justificar suas crenças, mas, quem tem um pouco de bom senso, quer entender sem ser cabra cega nem pau mandado, vai admitir que todas as religiões têm os seus problemas e suas mazelas.
Eu, conclui, justamente analisando essas mazelas, que a religião traz mais malefícios do que benefícios. É uma triste e radical conclusão, mas não é uma distorção da realidade, e eu vou explicar isso. Se não fosse assim eu não discorreria esse assunto, mas aí vai, como advertência, para você entender e cuidar, para que não se prejudique nem prejudique ninguém com suas crenças.
Você torce por um time de futebol e fica feliz quando consegue induzir alguém a torcer pelo mesmo clube que o seu, fazer parte da mesma comunidade, mesma corrente de pensamentos. Tudo bem.
Quando a coisa toma o rumo da política, as discussões são ainda mais acaloradas, porque política interfere diretamente na sua vida e é diferente de um simples esporte. Você debate muito para convencer o seu interlocutor sobre as vantagens de adotar a sua linha de pensamento. Entretanto, apesar dessa forte influência, a cada 4 anos tudo muda. O que era, passa a não ser, mais. Os líderes mudam, os partidos mudam, as idéias mudam etc.
Mas quando se trata de religião, a coisa fica muito mais séria. Nem eu mesmo entendo, como uma simples doutrina de vida, ou algo para ser usufruído depois da morte, pode se transformar num fanatismo exacerbado, carregando nessa corrente uma tonelada de interesses de poder, de superioridade, de convencimento, de ódio, até chegar no ápice do suicídio terrorista. Repare bem que o terrorista suicida mata e morre pela sua crença religiosa. Estaria ele sendo usado? Claro que sim, mas é a religião que proporciona esse desequilíbrio mental no indivíduo. Ele mata e morre, porque acha que a sua religião está correta e a dos outros está errada, de tal forma errada, que essa imperfeição deve ser corrigida com morte de ambos para satisfação do seu Deus.
Haveria interesses financeiros por trás disso tudo? Sim. Há também. Sempre há espaço para que um esperto manipule uma mente fanática e retire das suas emoções, algo em proveito próprio. Está aí a igreja católica, o bispo Macedo, o mulá Omar, o sheik de não sei o quê, desde um simples pajé tribal, todos proporcionalmente, são podres de ricos - Exceção para Jesus (ironia) - riqueza feita nas costas desses ingênuos e influenciáveis fanáticos.
Além do interesse financeiro direto, há também outras situações em jogo. O prestígio, a vaidade, o ego, a liderança, a força de decisões, que se limita no poder da vida e da morte, porque não há mais nada depois disso, bem próximo do poder de um hipotético Deus. O homem religioso que se fanatiza e se endeusa, só fica satisfeito, quando pelo seu poder, num estalar de dedos, dezenas e centenas de pessoas venham a morrer ou ser mutilados pela sua simples vontade, para assim comprovar o seu poder e temor. Pra que isso? Não sei explicar exatamente, mas sei que é assim. Quem lê história universal sabe perfeitamente disso. O próprio Jesus, pela sua crença religiosa, causou inúmeras mortes entre os seus seguidores, e a dele mesmo. Se sabia disso, não fez por onde evitar.
Afinal o que o homem quer? Dinheiro, prestígio, temor, poder? Não. Não é só isso... O homem quer ser Deus. O homem inventa a religião para poder estar mais próximo de ser um Deus único. (os casos de Jesus, Maomé e outros) E aí está o problema. Um pretenso Deus não admite concorrentes. Portanto, um Deus cá e um Deus lá, resulta numa disputa que leva os povos à guerra. (repare: “os povos”, nunca os próprios). Esse é o pior e principal atraso de vida que traz a religião. A guerra!... A morte!... A devastação!... A humilhação do conquistado. A exploração, a escravidão...
Lembra-se dos reinados ingleses? Variavam entre reis católicos e protestantes. Mudava o rei, alterava-se toda a estrutura do país e, pra variar, morria muita gente. Todos os dissidentes. Os resíduos desse desentendimento religiosos perduram até hoje na Irlanda, colônia inglesa, onde vivem se digladiando católicos e protestantes. Existem outros interesses que discutem, além desse? Sim, há o problema da independência, mas a religião é o principal pomo da discórdia, o centro de geração de ódios e diferenças. O que dizer de tantos países que se envolvem em guerras étnico-religiosas? Iugoslávia (Sérvios x Muçulmanos Bósnios e Croatas), Palestinos x Israelenses (Judaísmo x Islamismo), Afeganistão (entre facções islâmicas - antes do WTC), Irlanda (católicos x protestantes), Sri Lanka (hinduístas x budistas), Argélia (entre facções islâmicas), China (x Tibet de Dalai-lama) Rússia (x islâmicos da Chechênia) Índia x Paquistão (hindus x islâmicos na Caxemira), Timor Leste (islâmicos da Indonésia x católicos). Sempre há motivos religiosos despertando ódios e empurrando uns contra os outros. Por que Hitler escolheu os judeus para o holocausto? Por causa do aspecto físico ou o aspecto religioso? Lembram da inquisição? Quanta crueldade em nome de um pressuposto Deus? Realmente, foi um Deus que ordenou aquelas mortes, ou foram homens que se achavam deuses? A religião foi a culpada...
E dos tempos de Roma e as lutas internas do cristianismo contra outras religiões? Quem pode esquecer que os papas disputavam e sobrepujavam o poder dos próprios reis no século XII e por aí, convencendo-os do maior poder de Deus (que eram eles mesmos)... Lembram da inquisição? Quanta crueldade em nome de um pressuposto Deus? Realmente, foi um Deus que ordenou aquelas mortes, ou foram homens que se achavam deuses? A religião foi a culpada... Que tal uma análise rápida do islamismo? Não está aí uma clara discordância religiosa que leva os povos às guerras?
A ciência, tão necessária à humanidade, já teve muito problema ao se defrontar com a religião e a ciência vive se defrontando com a religião, porque não caminham na mesma direção e qualquer um sabe disso. Esse é outro atraso. Enquanto a ciência é objetiva a religião vive de hipóteses e fantasias, descortinadas por pretensos adivinhos. (que, naturalmente, erram toda hora). Os papas, que gostariam de ser deuses, tentam acertar, à sua moda, o que é melhor para o povo cristão, mas na sua ânsia de mostrar poder absoluto e onisciência erram e prejudicam a humanidade. Estão aí, proibindo a camisinha, a anticoncepção e o desenvolvimento da ciência genética. Tudo isso por quê? Disseram diferente antes, e agora não querem suportar outra contradição, depois daquela que Galileu lhes impôs, quando, contrariando os religiosos da idade média, afirmou que a terra era redonda e girava em torno do sol. Não vão suportar o homem fazendo o próprio homem, segundo eles, obra divina.
E hoje, quando temos mais de 20 religiões com crenças diferentes, em deuses diferentes, que agem de forma diferente uns dos outros (não esqueça que dos 6 bilhões de habitantes da terra apenas 1,8 bilhão são cristãos) temos as mesmas mazelas de sempre. Religiosas. Claríssimo que, se não houvesse religiões, haveria menos guerras, com certeza. Menos entraves ao progresso cientifico, mais solução no controle da natalidade. (daqui a 50 anos seremos 9 bilhões) E na vida religiosa que ninguém se entende, só uma coisa ninguém duvida: a exploração do crente. Assim, os cristãos, hindus, judeus, budistas, pagam para serem religiosos, em dinheiro, ouro e terras e os muçulmanos, além disso, com a própria vida!... Cá pra nós... Um atraso de vida...

Richard Dawkins, e Se Você Estivesse Errado?

Algo na Bíblia Não Lhe Faz Sentido... Acrescente Mais Fé que Faz!

- Pai, que história é essa de Deus destruir Sodoma e Gomorra com fogo, hein?! Afinal de contas, Deus é o mocinho ou o vilão da história?
- Não fale assim, meu filho!!! Preste muita atenção que eu vou lhe ensinar uma coisa muito importante. Toda vez que você se deparar com algo na Bíblia que pareça difícil de entender, você faz assim: acrescente mais fé que tudo começa a fazer sentido! Entendeu?
- Mais ou menos.
- Bem, agora vamos ver se você aprendeu a lição direitinho... Em primeiro lugar, devemos entender que Deus é justo, perfeito, misericordioso e “infinitamente” amoroso. Certo?
- Certo.
- Ele demonstrou claramente tais qualidades ao queimar vivas absolutamente todas as crianças nas cidades de Sodoma e Gomorra, sem dar a elas qualquer chance de defesa! Até aqui tudo bem?
- Bem, agora começou a não fazer sentido.
- Então, cala a boca e escuta, que eu ainda não acabei!... Na verdade, se analisarmos com carinho e atenção, perceberemos que Deus tão somente agiu em “legítima defesa”, uma vez que tal atitude foi em defesa de Seu “santo”, “sagrado” e “imaculado” nome! Ora, Deus tem uma reputação a zelar! Entendeu agora?
- Definitivamente não!
- Então, agora entra a parte importante da lição que eu lhe ensinei há pouco!... Tente acrescentar um pouco de fé nisso tudo que eu lhe disse e vamos ver o que acontece.
...
- Já!
- E agora, consegue entender?
- Digamos que melhorou bastante, mas ainda não faz sentido!
- Mais um pouquinho de fé! Vamos ver...
- Eu diria que agora, Deus já não parece o monstro sanguinário que Ele me pareceu ser agora a pouco, mas, sinceramente falando, ainda há algo que não está encaixando nessa história... Digo, como posso encontrar coerência entre dois atributos diametralmente opostos de Deus: a crueldade de queimar crianças vivas e seu “suposto” infinito amor?
- Mais um pouquinho de fé! Falta pouco! Não desista agora! Não deixe o Diabo cegar sua mente ateísta! Muito bem, e agora? Desta vez foi?
- Ah, agora sim! Faz sentido totalmente!
- Perfeito! Fé na medida certa! Viu só como com “fé” se resolve tudo? Não foi tão difícil assim, fala a verdade, vai?! A fé é algo tão maravilhoso que Deus nos deu, que é capaz de fazer qualquer idiota encontrar coerência em qualquer coisa que se leia na Bíblia! Viu só como Deus nos ama? Quem mais se não um Deus amoroso nos daria “fé” para conseguirmos acreditar nas coisas que Ele mandou escrever na Bíblia?
- Tem razão, pai! Tudo está claro, agora! Puxa, como pude ser tão “idiota” ao ponto de não ter percebido antes todo o poder que a fé possui em tornar as coisas mais simples, lógicas e transparentes?
- Ah, agora sim, você está começando a pensar como um cristão de verdade! Parabéns! Agora, dá um beijo no seu pai, e vai dormir, que amanhã eu vou lhe ensinar sobre dar o dízimo na igreja! E é o dízimo sobre a sua mesada! Não adianta fazer beicinho, 10% da sua mesada pertence a Deus, e Ele mesmo nos diz na Bíblia que quem deixa de dar o dízimo na igreja está “roubando” a Ele! Não se esqueça disso! Lembre-se da fé! Você vai precisar ter bastante desta vez!!!
- Mas, pai!...
- Não tem chororô! Ou será que você quer passar por “ladrão” de Deus!?

Fernando Thomazi 

A Igreja Mente - Uma Entrevista com Leonardo Boff

"A IGREJA MENTE, É CORRUPTA, CRUEL E SEM PIEDADE"
 
Frei Betto - Eu queria começar com o seguinte: você tem que idade e quantos livros publicou?

Leonardo Boff - Bom, eu tenho 58 anos e 62 livros publicados.

Frei Betto - Teu pai era um erudito, ex-seminarista jesuíta, e a tua mãe morreu muito tempo depois dele, analfabeta...

Sérgio de Souza - A minha pergunta inicial era por aí mesmo: como foi a sua infância?

  Leonardo Boff - Sou filho de imigrantes italianos, de avós italianos que foram para o Rio Grande do Sul e daí para Santa Catarina, no interior, e desbravaram a região que é Concórdia hoje, que é a sede da Sadia. Meu pai tinha sido quase jesuíta e fez uma opção curiosa, que foi a de acompanhar a colonização da região para ser professor, o farmacêutico, o juiz de paz, mestre-escola, puxador de orações, era um mestre da colonização.

A Bíblia do Ateu - Alfredo Bernacchi - Capítulo 1 - Gênesis

               A maioria das pessoas religiosas defendem seus argumentos escoradas totalmente na Bíblia, um “livro divino”, sem se dar o trabalho de conhecer as fontes e as verdadeiras origens da Bíblia. Religiosos não pensam. Definitivamente, não raciocinam. Eles apenas confiam (na pessoa errada) e são enganados como são as vítimas de qualquer vigarista. Eles aprendem na igreja que até duvidar é pecado. Isso tem demais por aí. Eumesmo passei por isso. Então eles não duvidam. Como gado de corte, são tocados para o matadouro com a maior tranqüilidade... Mansamente... E batem o pé, e brigam por suas convicções equivocadas, acreditando que vão para os verdes pastos do paraíso... Eu não vou ficar aqui, contestando a Bíblia. Teria que escrever outro livro só para isso (Aliás, já fiz issobastante nos livros anteriores. Procure lê-los), mas só para mostrar o nível de incoerência que isso tem, porque eles cismam de endeusar a Bíblia como base para todas as suas argumentações. Vou pegar aqui o primeiro livro desse conjunto (poderia pegar o segundo o terceiro, o vigésimo que seria a mesma coisa) ecolocá-lo em cheque para você conferir o que eu quero dizer: A Bíblia, que é o maior respaldo para toda essa crença (estamos falando do cristianismo), já inicia com um livro dos mais absurdos, pra lá de místico e retardado, como seria de se esperar, segundo a época em que foi escrito. Mas sabem por que eu escolhi esse livro, o Gênesis? Porque esse foi o primeiro documento escrito no mundo, que referia-se ao monoteísmo. A palavra “ Deus ”(*) aparece a primeira vez na História , no livro Gênesis , dito “escrito” por um tal de Moisés, que eu duvido que realmente tenha feito isso, ou mesmo existidocomo gente. Assim, o homem fabricou Deus.
*Aí, “Deus” é nome próprio, assim como Baal, Apolo, Zeus e não o qualificativo “deus” ou “deuses”, o mesmo que divindades. Por isso, vai em letra maiúscula. O nome desse deus não é José nem “Querópolis Divinus”, é Deus, entenderam? É assim que ele é apresentado na Bíblia.

Alfredo Bernacchi Explica...

Quem São os Ateus - Alfredo Bernacchi

Eu quero falar é do Gênese Ateu. De como os Ateus ficaram Ateus. Claro que todos nós quando nascemos somos Ateus. Nascemos puros e mentalmente perfeitos. Até que, os padres nos batizem, façam a nossa cabeça e nos façam seus dependentes, somos Ateus, mentalmente perfeitos.
O ser humano é frágil e ignora muitas coisas que estão à sua volta. Não é de nós que estou falando, mas daqueles que nada sabem, o homem simples do interior, os índios no seu habitat natural, os povos antigos, aqueles desprovidos de qualquer cultura... Esses é que são o prato principal dos interesses religiosos.
Parece irônico porque esses nada têm para enriquecer o clero, mas diga: Não foram justamente os teus antepassados ignorantes que te passaram a crença em um deus? Você não é um ignorante, mas a sua mãe era menos culta do que você ea sua avó menos ainda. E foi justamente dos ignorantes antigos dos primórdios da
civilização que tudo isso começou. E numa cadeia de interesses bem alimentados pela nossas próprias ingênuas mães, cresceram, se expandiram fazendo a cabeça uns dos outros, e hoje os islâmicos matam emnome de Alá. Moisés também matava em nome de Deus, contam isso na Bíblia como se fosse bonito, e os homens de hoje se trucidam para impor as suas razões religiosas. É assim. Isso se chama RELIGIÃO.

Os 9 Versículos Mais Escabrosos da Bíblia

Êxodo 2: 11-12

"E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos. E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia."

Segundo Livro de Reis 2: 23-24

"Então [Eliseu] subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, careca; sobe, careca! E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou no nome do SENHOR; então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois daqueles meninos."

Posfácio (Autor Desconhecido)

No início era o MAR.
E nesse MAR misturavam-se as águas da Ciência, da Religião, da Filosofia, da Arte e da Magia.
O homem habitava o MAR e era feliz.
Mas tudo é ritmo no Universo.
Respiram as estrelas ao som das reações nucleares.
Passeiam os astros em órbitas estabelecidas.
Ao bater do gongo do tempo as águas se separam.
O Holismo cede lugar ao Reducionismo, a Síntese se decompõe na Análise e, encetando viagens fantásticas, rios se formam.
Ao longo da viagem os rios se ramificam, semeiam a Terra, formam vales de paz ou se precipitam em cascatas.
A medida que o tempo flue, rios formam novos rios, rios se reúnem e se separam.
Tudo é movimento.
Mas o mundo é redondo, o Universo é redondo.
Mais um dia, menos dia, os rios retornam ao Mar. Mas não são mais os mesmos rio nem o mesmo Mar.
A espiral se abriu e se fechou.
É a vez da Análise ceder à Síntese; do Reducionismo retornar ao Holismo, do Homem encontrar a Serenidade.

Lamarckismo, Darwinismo e Neodarwinismo...

Entende-se por Lamarquismo a teoria evolucionista de Jean Baptiste, cavalheiro Lamark a qual há dois pontos de grande importância, que se distingue do fixismo de sua época, eles são :

1. A evolução ocorre por sucessivas transformações em seus órgãos, tais alterações acontece pelo uso ou desuso de tal órgão.O uso constante do órgão, se daria por necessidade do indivíduo adaptar-se ao meio ambiente.

2. Tais alterações sofridas pelo indivíduo durante sua vida, seria transmitida por hereditariedade. Sabe-se que, com o uso da musculatura há um desenvolvimento em força e tamanho, e com o desuso acaba-se por atrofiar. Essa observação levou Lamark a um erro, pois conclui que tal transformação ocorreria também com os órgãos. Sobre a hereditariedade, August Weissman cortou a cauda de camundongos por gerações, observando que as caudas continuavam nascendo perfeitas, assim provou que as características não eram transmitidas para as novas gerações.

Darwinismo

Chlarles Darwin, no livro A origem das Espécies propõem novas formas para a evolução, baseando-se em sua maioria nós dados observados em suas viagens a bordo do navio de pesquisa H.M.Beagle. Os principais pontos de sua hipótese, que hoje é o alicerce do pensamento moderno sobre a evolução, são :

1.Há indivíduos diferentes dentro de uma mesma espécies, tais diferenças os dão melhores condições de se adaptar do que outros.

2.Darwin baseasse na hipótese de Malthus em que a população aumenta em progressão geométrica e a quantidade de alimento aumenta em uma progressão aritmética. Diante desta afirmação Darwin chega a conclusão que se os seres vivos aumentam em progressão geométrica e lhes falta o alimento, que aumentaria em progressão aritmética, então para a sobrevivência deveria haver uma luta pela vida.

3.Na luta pela sobrevivência sobrariam os mais aptos, e os menos aptos seriam eliminados.

4.Os mais aptos transmitiriam as características para seus descendentes. As gerações estariam aprimorando suas características, para a sobrevivência.

Nas hipóteses de Darwin foram formulados alguns erros como, na luta pela sobrevivência dos mais aptos Darwin afirma que haveria uma constante luta entre os indivíduos, hoje sabemos que há uma luta entre o indivíduo e o meio ambiente. Os mais aptos a acomodar-se ao meio, a resistir aos predadores, clima etc terão maior possibilidade de reprodução, e conseqüentemente a ascensão da espécie.Sobre a hereditariedade Darwin e Lamark elaboraram o erro da hereditariedade de caracteres adquiridos, a qual Hugo De Vries corrige com A teoria da mutação, sugerindo que a variação de uma mesma espécie daria-se por alterações no material genético.

Neodarwinismo

O neodarwinismo, tem suas bases nos escritos de Hugo De Vries sobre as teorias das mutações, a qual mantém as hipóteses de Darwin sobre a seleção natural e luta pela vida, introduzindo a idéia da mutação, e assim explicando como novas espécies surgem.

Amutação ocorre devido a uma alteração no material genético, durante a duplicação do DNA. Os genes sofrem estas alterações ocasionalmente, não sendo possível relaciona-las a adaptabilidade do individuo. Afirmando: o organismo não tem nenhuma intenção adaptativa. Este fenômeno acidental no individuo pode leva-lo a uma mutação adaptativa, ou não-adaptativa.O endividuo com a mutação adaptativa ao meio logo se reproduzira e generalizar-se, o que possui a mutação não-adaptativa provavelmente ira extinquir.

As mutações ainda ocorrem com todos os seres, deste um uma bactéria a um ser humano.A mutação pode acontecer por agentes mutagênicos, que são fatores naturais como as radiações solares, e o fator humano que e a ação do homem sobre o meio ambiente, um exemplo desta ultima mutação e o câncer.

O texto acima tem a intenção de que o leitor, liberte-se do fixismo, da atitude dogmática, que percebam que os valores não são inabaláveis, neste momento a criança a qual sempre fitou um mundo já feito, fitou os olhos de seu Pai severo, ira se distanciar e fazer seu juízo.Esta ruptura acontece no momento em que surge a duvida, onde vemos a nossa ignorância, a total falta de sentido, este distanciamento vem mesclado a angustia, a solidão, pois nenhuma existência justifica a outra, e tais surgem e padecem ao acaso.

"Quando mais o Curinga se aproxima da extinção eterna, maior é a clareza com que vê o animal que o cumprimenta no espelho ao enfrentar um novo dia.Não acha consolo no olhar aflito de um primata de luto.Vê um peixe enfeitiçado, um sapo metamorfoseado, uma lagartixa deforme. É o fim do mundo, pensa. Aqui acaba abruptamente a longa viagem da evolução." Jostein Gaarder

O Que Eu Quero? (Autor Desconhecido)

O que eu quero? Quero pensar naquilo que ninguém teve a coragem de pensar. Superar o que você acha que é verdade mas não é. Desafiar tudo aquilo que você acredita. Nunca me contentar com o Cotidiano. Desafinar o coro dos contentes. Lutar sozinho quando todos ao meu lado tiverem desistido. Tornar a vida dos conservadores um inferno. Cuspir na tua moral puritana. Construir uma realidade superior a tudo que já existiu. Superar a fraqueza do homem comum. Te surpreender a cada dia.

O Futuro Parece Lúcido - Richard Dawkins

"O website http://www.celeb-atheists.com sugere que inúmeros intelectuais e outras pessoas famosas são lúcidos. Os lúcidos constituem 60% dos cientistas americanos e estonteantes 93% destes cientistas que são bons o suficientes para serem eleitos à Academia Nacional de Ciências (equivalente à Fellows of the Royal Society na Inglaterra) são lúcidos."

Uma vez eu li uma estória de ficção científica onde astronautas viajando para uma estrela distante estavam ficando cada vez mais com saudades de casa: "Só de imaginar que é primavera na Terra!" Você pode não perceber imediatamente o que está errado nisso de tão arraigado que é o nosso inconsciente chauvinismo do hemisfério norte1. "Inconsciente" é exatamente o termo. É aí que entra o estímulo à consciência.

Suspeito que seja por uma razão mais profundo do que o simples diversão perspicaz que, na Austrália e na Nova Zelândia, você pode comprar mapas do mundo com o polo sul no topo. Isso não seria uma coisa excelente para pendurarmos nas paredes das nossas salas de aula? Que explêndido estímulo à consciência. Dia após dia, as crianças seriam lembradas que o norte não possui monopólio do lado de cima. O mapa as intrigaria tanto quanto estimularia a conscientização. Elas iriam pra casa e contariam isso a seus pais.

Uma Visão Biológica do Progresso - Richard Dawkins

A evolução é amplamente considerada como uma força progressiva impulsionando inexoravelmente uma melhoria racial que pode ser vista como oferecendo um pouco de esperança tangível para nossa espécie com problemas. Infelizmente este modo de pensar está baseado em dois enganos. Primeiro, não está de forma alguma claro que a evolução é necessariamente progressiva. Segundo, até mesmo quando ela é progressiva, mudança significativa procede em uma escala de tempo muitas ordens de magnitude maiores que a escala de dezenas ou centenas de anos com que os historiadores se sentem confortáveis.

Nós podemos definir progresso evolutivo seja dentro um modo 'valor-carregado' ou em um com valor-neutro -- ie, com ou sem embutir noções do que é bom ou ruim. Uma definição com valor-carregado especifica se o fator sendo monitorado, seja tamanho do cérebro, inteligência, habilidade artística, força física ou o que for, é desejável ou indesejável. Se um fator desejável aumenta, isso é progresso. Mas em uma definição de valor-neutro, qualquer mudança conta como progresso contanto que continue em seu curso. Tal definição simplesmente toma três entidades em uma seqüência de tempo -- pense nelas como uma série de fósseis ancestrais e chame-as de Antes, Durante e Depois [Early, Middle and Late] -- e pergunta se a mudança de Antes para Durante está na mesma direção que a mudança de Durante para Depois. Se a resposta for sim, isso é uma mudança progressiva. Esta definição é valor-neutra porque o fator que nós descobrimos ser "progressivo" pode ser algo que nós consideramos como ruim -- digamos, ócio ou estupidez. Neste senso de valor-neutro, uma tendência continuada para um tamanho de cérebro diminuído seria progressiva, da mesma maneira que uma tendência para um tamanho de cérebro aumentado seria. A única coisa que não seria progressiva seria uma reversão da tendência.

Edir Macedo Ensina a Extorquir Dinheiro dos Fiéis

 Vídeo antigo... mas como estou reupando o conteúdo vou postar este e todos os demais... denovo... (ja que este blog é a quarta tentativa de publicar tal conteúdo que simplesmente foi "censurado" do nada).

O Milagre de Fatima - Richard Dawkins

[…] nenhum testemunho é suficiente para demonstrar um milagre, a não ser que o testemunho seja de natureza tal que a sua falsidade seja mais milagrosa do que o facto que tenta demonstrar.
David Hume, «Dos Milagres» (1748)
[Usarei] esta ideia de Hume no que diz respeito a um dos milagres melhor atestados de todos os tempos, um milagre que se afirma ter sido presenciado por 70 000 pessoas e recordado por algumas delas ainda vivas. Trata-se da aparição de Nossa Senhora de Fátima. Vou citar um website católico que refere que, das muitas aparições da Virgem Maria, esta é rara porque é oficialmente reconhecida pelo Vaticano:
A 13 de Outubro de 1917 estavam mais de 70 000 pessoas reunidas na Cova da Iria, em Fátima, Portugal. Tinham vindo presenciar um milagre que tinha sido anunciado pela Virgem Maria a três jovens visionários: Lúcia dos Santos e os seus dois primos, Jacinta e Francisco Marto […] Pouco depois do meio-dia, a Nossa Senhora apareceu aos três visionários. Quando estava prestes a partir, apontou para o Sol. Lúcia repetiu o gesto, emocionada, e as pessoas olharam para o céu […] Depois, uma onda de terror varreu a multidão porque o Sol parecia romper-se dos céus e esmagar as pessoas horrorizadas […] Justamente quando parecia que a bola de fogo iria cair e destruí-los, o milagre parou e o Sol reassumiu o seu lugar normal, brilhando pacífico como nunca.

A Felicidade Eterna Prometida Pelo Cristianismo - Søren Kierkegaard

O problema objectivo consiste numa investigação acerca da verdade do Cristianismo. O problema subjectivo diz respeito à relação do indivíduo com o Cristianismo. Para pôr as coisas de forma simples: como é que eu, Johannes Climacus [Kierkegaard], posso participar da felicidade prometida pelo Cristianismo? ...
Partindo do princípio de que não há problemas com as Escrituras ― o que se segue? Uma pessoa que antes não tinha fé passou a estar um só passo mais próximo de a ter? Não, nem um só passo. A fé não resulta da investigação científica; não tem de todo uma origem directa. Pelo contrário, nesta objectividade há a tendência para perder o interesse pessoal infinito pela paixão que é a condição da fé, o ubique et musquam no qual a fé pode brotar. Uma pessoa que antes tinha fé ganhou algo no que respeita à sua força e poder? Não, nem de longe. Em vez disso, aquilo que ocorre é que, neste volumoso conhecimento, nesta certeza que espreita à porta da fé e ameaça devorá-la, ela está numa situação tão perigosa que precisará de esforçar-se muito, cheia de medo e a tremer, para que não caia vítima da tentação de confundir conhecimento com fé. Apesar de a fé ter tido até agora um mestre-escola eficaz na incerteza existente, teria na nova certeza o seu mais perigoso inimigo. Pois, se a paixão for eliminada, a fé deixa de existir, e a certeza e a paixão não coexistem. Quem quer que acredite que há um Deus e uma providência que tudo governa achará mais fácil preservar a sua fé, mais fácil adquirir uma coisa que é definitivamente fé e não uma ilusão, num mundo imperfeito em que a paixão é mantida viva do que num mundo absolutamente perfeito. Num tal mundo, a fé é ... impensável.

Fragmento - O Anticristo - Nietszche

"Não nos enganemos: grandes intelectos são céticos. Zaratustra é um cético. A força e a liberdade que surgem do vigor e da plenitude intelectual se manifestam através do ceticismo. Homens de convicção estática não são levados em consideração quando se pretende determinar o que é fundamental em matéria de valor e desvalor. Homens de convicção são prisioneiros. Não vêem longe o bastante, não vêem abaixo de si: para um homem poder falar de valor e desvalor é necessário que veja quinhentas convicções abaixo de si – atrás de si... Uma mente que aspira a algo grande, e que também deseja os meios para isso, é necessariamente cética. A liberdade de qualquer tipo de convicção constitui parte da força, da capacidade de possuir um ponto de vista independente... A grande paixão do cético, o fundamento e a potência do seu ser, é mais esclarecida e mais despótica que ele próprio, coloca toda sua inteligência a seu serviço; lhe torna inescrupuloso; lhe concede a coragem para empregar até meios ímpios; sob certas circunstâncias, lhe permite convicções. A convicção enquanto um meio: muito só pode ser alcançado por meio de uma convicção. A grande paixão usa, consome convicções, mas não se submete a elas – sabe-se a soberana. – Pelo contrário, a necessidade de fé, de uma coisa não subordinada ao sim e não, de carlylismo, se me permitem a expressão, é a necessidade da fraqueza. O homem de fé, o “crente” de toda espécie, é necessariamente dependente – tal homem é incapaz de colocar-se a si mesmo como objetivo, e tampouco é capaz determinar ele próprio seus objetivos. O “crente” não se pertence; apenas pode ser o meio para um fim; precisa ser consumido; precisa de alguém que o consuma. Seus instintos atribuem suprema honra à moral da despersonalização; tudo o persuade a abraçar essa moral: sua prudência, sua experiência, sua vaidade. Todo tipo de fé é em si mesma a expressão de uma despersonalização, de um alheamento de si... Após se ponderar sobre quão necessários à maioria são os regulamentos restringentes; sobre quão necessária é a opressão, ou, em um sentido mais elevado, a escravidão, para possibilitar o bem-estar ao homem de vontade fraca, e especialmente à mulher, então finalmente se compreende o significado da convicção e da “fé”. Para o homem de convicção a fé representa sua espinha dorsal. Deixar de ver muitas coisas, não possuir imparcialidade alguma, ser sempre de um partido, estimar todos os valores com uma ótica severa e infalível – essas são as condições necessárias à existência desse tipo de homem. Mas isso faz deles antagonistas do homem veraz – da verdade... O crente não é livre pra responder à questão do “verdadeiro” e do “falso”; segundo os ditames de sua consciência: a integridade, neste ponto, seria sua própria ruína. A limitação patológica de sua ótica faz do homem convicto um fanático – Savonarola, Lutero, Rousseau, Robespierre, Saint-Simon – o tipo desses encontra-se em oposição ao espírito forte, emancipado. Mas as grandiosas atitudes desses intelectos doentes, desses epiléticos das idéias, exercem influência sobre as grandes massas – os fanáticos são pitorescos, e a humanidade prefere observar poses a ouvir razões..."

Fragmento... Nietzsche

“Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro, onde animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da ‘história universal’: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. – Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido. Pois não há para aquele intelecto nenhuma missão mais vasta que conduzisse além da vida humana. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Mas se pudéssemos entender-nos com a mosca, perceberíamos então que também ela bóia no ar com esse páthos e sente em si o centro voante deste mundo. Não há nada tão desprezível e mesquinho na natureza que, com um pequeno sopro daquela força do conhecimento, não transbordasse logo um odre; e como todo transportador de carga quer ter seu admirador, mesmo o mais orgulhoso dos homens, o filósofo, pensa ver por todos os lados os olhos do universo telescopicamente em mira sobre seu agir e pensar.”

O Livro Negro do Cristianismo - Parte 2

CAPÍTULO 10
A caça às bruxas
Dor sem conselho, saco sem fundo, febre contínua que nunca termina, besta insaciável, folha levada pelo vento, bastão vazio, louca desvairada, mal sem nenhum bem, em casa um demônio, na cama uma vadia, na horta uma cabra, imagem do Diabo.

O Livro Negro do Cristianismo - Dois Mil Anos de Crimes em Nome de Deus

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 6

É preciso certa coragem intelectual para um indivíduo reconhecer destemidamente que não passa de um farrapo humano, aborto sobrevivente, louco ainda fora das fronteiras da internabilidade; mas é preciso ainda mais coragem de espírito para, reconhecido isso, criar uma adaptação perfeita ao seu destino, aceitar sem revolta, sem resignação, sem gesto algum, ou esboço de gesto, a maldição orgânica que a Natureza lhe impôs. Querer que não sofra com isso, é querer demais, porque não cabe no humano o aceitar o mal, vendo-o bem, e chamar-lhe bem; e, aceitando-o como mal, não é possível não sofrer com ele.

Conceber-me de fora foi a minha desgraça – a desgraça para a minha felicidade. Vi-me como os outros me vêem, e passei a desprezar-me não tanto porque reconhecesse em mim uma tal ordem de qualidades que eu por elas merecesse desprezo, mas porque passei a ver-me como os outros me vêem e a sentir um desprezo qualquer que eles por mim sentem. Sofri a humilhação de me conhecer. Como este calvário não tem nobreza, nem ressurreição dias depois, eu não pude senão sofrer com o ignóbil disto.

Compreendi que era impossível a alguém amar-me, a não ser que lhe faltasse de todo o senso estético – e então eu o desprezaria por isso; e que mesmo simpatizar comigo não podia passar de um capricho da indiferença alheia.

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 5

Com um charuto caro e os olhos fechados é ser rico.

Como quem visita um lugar onde passou a juventude consigo, com um cigarro barato, regressar inteiro ao lugar  da minha vida em que era meu uso fumá-los. E através do sabor leve do fumo todo o passado revive-me.

Outras vezes será um certo doce. Um simples bombom de chocolate escangalha-me às vezes os nervos com o excesso de recordações que os estremece. A infância! E entre os meus dentes que se cravam na massa escura e macia, trinco e gosto as minhas humildes felicidades de companheiro alegre de soldados de chumbo, de cavaleiro congruente com a cana casual meu cavalo. Sobem-me as lágrimas aos olhos e junto com o sabor do chocolate mistura-se ao meu sabor a minha felicidade passada, a minha infância ida, e pertenço voluptuosamente à suavidade da minha dor.

Nem por simples é menos solene este meu ritual do paladar.

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 4

Sonho triangular

No meu sonho no convés estremeci – é que pela minha alma de Príncipe Longínquo passou um arrepio de presságio.

Um silêncio ruidoso a ameaças invadia como uma brisa lívida a atmosfera visível da saleta.

Tudo isto é haver um brilho excessivo a inquietá-lo no luar sobre o oceano que não embala já mas estremece; tornou-se evidente – e eu ainda os não ouvi – que há ciprestes ao pé do palácio do Príncipe.

O gládio do primeiro relâmpago volteou vagamente no além... É cor de relâmpago o luar sobre o mar alto e tudo isto é ser ruínas já e passado afastado o meu palácio do príncipe que nunca fui...

Com um ruído soturno e aproximando-se o navio entre as águas, a saleta escurece lividamente, e não morreu, não está preso algures, não sei o que [é] feito dele – do príncipe – que gélida coisa desconhecida lhe é o destino agora?...

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 3

A vulgaridade é um lar. O quotidiano é materno. Depois de uma incursão larga na grande poesia, aos montes da aspiração sublime, aos penhascos do transcendente e do oculto, sabe melhor que bem, sabe a tudo quanto é quente na vida, regressar à estalagem onde riem os parvos felizes, beber com eles, parvo também, como Deus nos fez, contente do universo que nos foi dado e deixando o mais aos que trepam montanhas para não fazer nada lá no alto.

Nada me comove que se diga, de um homem que tenho por louco ou néscio, que supera a um homem vulgar em muitos casos e conseguimentos da vida. Os epilépticos são, na crise, fortíssimos; os paranóicos raciocinam como poucos homens normais conseguem discorrer; os delirantes com mania religiosa agregam multidões de crentes como poucos (se alguns) demagogos as agregam, e com uma força íntima que estes não logram dar aos seus sequazes. E isto tudo não prova senão que a loucura é loucura. Prefiro a derrota com o conhecimento da beleza das flores que a vitória no meio dos desertos, cheia de cegueira da alma a sós com a sua nulidade separada.

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 2

Vivo sempre no presente. O futuro, não o conheço. O passado, já o não tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades. Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje – tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara –, que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim. O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

Breve sombra escura de uma árvore citadina, leve som de água caindo no tanque triste, verde da relva regular – jardim público ao quase crepúsculo –, sois, neste momento, o universo inteiro para mim, porque sois o conteúdo pleno da minha sensação consciente. Não quero mais da vida do que senti-la perder-se nestas tardes imprevistas, ao som de crianças alheias que brincam nestes jardins engradados pela melancolia das ruas que os cercam, e copados, para além dos ramos altos das árvores, pelo céu velho onde as estrelas recomeçam.

O Livro do Desassossego - Fernando Pessoa - Parte 1

Há em Lisboa um pequeno número de restaurantes ou casas de pasto [em] que, sobre uma loja com feitio de taberna decente, se ergue uma sobreloja com uma feição pesada e caseira de restaurante de vila sem comboios. Nessas sobrelojas, salvo ao domingo pouco freqüentadas, é freqüente encontrarem-se tipos curiosos, caras sem interesse, uma série de apartes na vida.

O desejo de sossego e a conveniência de preços levaram-me, em um período da minha vida, a ser freqüente em uma sobreloja dessas. Sucedia que, quando calhava jantar pelas sete horas, quase sempre encontrava um indivíduo cujo aspecto, não me interessando a princípio, pouco a pouco passou a interessar-me.

Era um homem que aparentava trinta anos, magro, mais alto que baixo, curvado exageradamente quando sentado, mas menos quando de pé, vestido com um certo desleixo não inteiramente desleixado. Na face pálida e sem interesse de feições um ar de sofrimento não acrescentava interesse, e era difícil definir que espécie de sofrimento esse ar indicava – parecia indicar vários, privações, angústias, e aquele sofrimento que nasce da indiferença que provém de ter sofrido muito.

Jantava sempre pouco, e acabava fumando tabaco de onça. Reparava extraordinariamente para as pessoas que estavam, não suspeitosamente, mas com um interesse especial; mas não as observava como que perscrutando-as, mas como que interessando-se por elas sem querer fixar-lhes as feições ou detalhar-lhes as manifestações de feitio. Foi esse traço curioso que primeiro me deu interesse por ele.

Passei a vê-lo melhor. Verifiquei que um certo ar de inteligência animava de certo modo incerto as suas feições. Mas o abatimento, a estagnação da angústia fria, cobria tão regularmente o seu aspecto que era difícil descortinar outro traço além desse.

Soube incidentalmente, por um criado do restaurante, que era empregado de comércio, numa casa ali perto.

Um dia houve um acontecimento na rua, por baixo das janelas – uma cena de pugilato entre dois indivíduos. Os que estavam na sobreloja correram às janelas, e eu também, e também o indivíduo de quem falo. Troquei com ele uma frase casual, e ele respondeu no mesmo tom. A sua voz era baça e trêmula, como a das criaturas que não esperam nada, porque é perfeitamente inútil esperar. Mas era porventura absurdo dar esse relevo ao meu colega vespertino de restaurante.

Não sei porquê, passamos a cumprimentarmo-nos desde esse dia. Um dia qualquer, que nos aproximara talvez a circunstância absurda de coincidir virmos ambos jantar às nove e meia, entramos em uma conversa casual. A certa altura ele perguntou-me se eu escrevia. Respondi que sim. Falei-lhe da revista Orpheu, que havia pouco aparecera. Ele elogiou-a, elogiou-a bastante, e eu então pasmei deveras. Permiti-me observar-lhe que estranhava, porque a arte dos que escrevem em Orpheu sói ser para poucos. Ele disse-me que talvez fosse dos poucos. De resto, acrescentou, essa arte não lhe trouxera propriamente novidade: e timidamente observou que, não tendo para onde ir nem que fazer, nem amigos que visitasse, nem interesse em ler livros, soía gastar as suas noites, no seu quarto alugado, escrevendo também.

Masoquismo - O Sermão da Montanha Comentado Por Um Cético

Lucas 620 Olhando para os seus discípulos, ele disse: "Bem-aventurados vocês os pobres, pois a vocês pertence o Reino de Deus".

Quer dizer que só vai entrar pé-rapado no Reino dos Deus? Nem classe média alta ou baixa? Deus não gosta de rico porque? Existe algum rico cristão? Não tem medo dessa declaração aqui? Ou será que ele falou isso para dar alguma esperança aos pobres? Que já que eles estavam ferrados nessa vida, pelo menos teriam esperança de uma vida melhor no céu? Ou será que ele quis dizer com isso que quem amar as coisas materiais mais que as espirituais não vai ficar ao lado de Deus? Se for esse o caso, os evangélicos vão direto para o inferno, pois quando assisto tv os depoimentos são sempre os mesmos. Agora que aceitei Jesus tenho uma casa, um carro, uma gorda conta bancária, etc.

Jesus Cristo Nunca Existiu - La Sagesse

“Existe uma chave para a liberdade: Pense! Se quiseres ser um cordeiro, seja feita a tua vontade. Não reclames, entretanto, quando fores servido em nosso grande Sabbath!”

Um “bem velho” dito pagão, do século XX

Prefácio

Tenho a satisfação de recomendar ao público a presente obra, escrita sob o título “Jesus Cristo Nunca Existiu”, de La Sagesse, em cujo conteúdo o autor revela o seu pensamento de modo fiel e sem reticências a respeito de tão delicado assunto. Embora seja este o seu primeiro trabalho publicado, o autor revela-se um escritor em potencial, de quem muito ainda se pode esperar. Diante da necessidade sempre crescente da verdade, encetou a presente obra para doar à humanidade a sua contribuição de natureza cultural, querendo apenas cumprir o seu dever de informar, perante si próprio e perante os homens.

Aos oportunistas pouco importa se sob a palavra sonora se oculta a hipocrisia e a mentira. Contudo, para os espíritos puros e corajosos, para os quais os interesses particulares não devem sobrepor-se aos anseios do povo, mister se faz que a verdade surja em toda a sua plenitude, deitando por terra toda a fraude e mistificação. Este é um livro corajoso, concebido sem a preocupação de agradar ou desagradar, não importando se suscetibilidades são feridas pelo que aqui está exposto. O seu intuito é exclusivamente patentear as provas inequívocas de falsificação e mistificação, as quais foram impostas aos homens a ferro e fogo, durante séculos.

Criando Seus Filhos No Ateísmo - Dave Silverman

Escrevo este texto como resultado de conversas que tive com várias pessoas que passaram por isso, como também pela minha própria experiência, tanto como judeu quanto como líder Ateu. Neste ensaio você não encontrará todas as respostas que você precisa para criar facilmente um filho no modo ateu, mas espero que aqui você tenha algumas idéias.

Se nós temos uma Constituição ou não, e se nós ganhamos um caso de tribunal ou não, nós todos devemos reconhecer que esta é uma nação dominada por cristãos. Há igrejas grandes e ornamentadas em todos lugares, freqüentemente os mais altos e bonitos edifícios na cidade. O Natal e a Páscoa não só são feriados nacionais, mas também épocas de grandes extravagâncias de marketing, com exibições de comerciais com até seis meses de antecedência. Até eu mesmo, escrevendo este ensaio, em Agosto, noto, que exibições do Natal já estão por toda parte, principalmente nos centros comerciais.

Assim o que faz você quando seu filho pergunta-lhe o que você é, por que vocês são Ateus, e por que você é tão diferente de todo mundo? O que você diz sobre o Natal, e como você explica o fanatismo a seus filhos? Tenho esperança que este texto lhe trará uma alguma luz nestes assuntos.

Criando Filhos Sem Religião - Dave Silverman


Eu recebo freqüentemente pedidos de aconselhamento de pais que desejam criar seus filhos sem religião, ou que pelo menos querem fornecer uma criação livre da influência das religiões nas vidas de seus filhos. Embora eu esteja longe de ser um perito no assunto, eu tenho o que considero algumas idéias muito boas sobre como criar filhos sem religião.

Minhas idéias (não são todas minhas — eu admito abertamente ter roubado a última de Ellen [Ellen Johnson, presidente de Ateus americanos. Ed.]) e estão esboçadas abaixo sem nenhuma ordem particular. Esta lista não está completa, e sugestões e acréscimos são bem vindos. Porém, eu espero e penso que isto ajudará a responder algumas das perguntas freqüentes que eu recebo sobre o assunto.

Focalize os assuntos de deuses como substantivos comuns. Não há um deus, há muitos. Milhares na realidade, todos o mesmo e todos fictícios. Fale sobre Zeus, Qetzalcoatl, Thor, e Jesus. Explique como esses deuses eram usados no passado (especialmente os desconhecidos), como os seguidores destes deuses estavam absolutamente convictos da existência do deus e como eles até mataram em seus nomes. Conforme os deuses envelheciam, novos apareciam, sem nenhuma outra razão a não ser a necessidade de mudança e o progresso de ciência. Agora, há muito menos deuses e muitas pessoas ainda acreditam neles, pelas mesmas razões que eles acreditavam nos antigos deuses Tiki.

Como Surgiu Jesus - Frank R. Zindler

Nosso mundo é um lugar instável. Nações sobem, e governos tombam. Pessoas desequilibradas ao redor do mundo torturam e matam uns aos outros por causa da religião ou outras causas infundadas. Terremotos, vulcões e guerras periodicamente açoitam nosso globo. Continentes deslocam-se e colidem entre si e oceanos se formam e desaparecem. Até mesmo o próprio planeta Terra tem balanços. Conforme gira em seu eixo, a Terra não é estável. Como a cavilha de centro de um topo de brinquedo, o eixo da terra gira cambaleando lentamente em um círculo e traçando a superfície de um cone duplo no espaço

Este movimento do eixo da Terra é chamado precessão, e ele é, acredito, um dos principais componentes das causas que há muito tempo conduziram à criação do Cristianismo. O personagem agora conhecido como Cristo, ou Jesus, não nasceu de uma virgem; ao invés disso, foi produto de uma Terra giratória e instável. Se o eixo da Terra não fizesse precessão, o personagem Cristo nunca teria sido inventado. O Cristianismo como conhecemos não existiria.

Em meu próximo livro, Inventando Jesus, espero demonstrar exaustivamente a cadeia extraordinária de causas e efeitos que conduziram de uma terra cambaleante para uma biografia divina - a assim chamada "Vida de Cristo." Neste artigo resumido, claro, posso fazer pouco além de explicar os pontos principais desta tese e dar um exemplo da evidência que encontrei para apoiar isto. 

Como Deveria Ser a Vida - Charles Chaplin

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria.
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando.
E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

Charles Chaplin

Cinco Grandes Equívocos Aceitáveis Sobre Evolução

Boa parte da razão dos argumentos criacionistas contra a evolução poderem ser tão persuasivos é por não lidarem com evolução, mas em vez disso argumentarem contra uma série de noções equivocadas que as pessoas estão certas em considerarem ridículas. Os criacionistas erroneamente crêem que seu conhecimento sobre evolução é o que a teoria diz realmente, e querem baní-la. Mas na verdade, eles nem mesmo tocaram no assunto de evolução.

(a situação em geral não melhora com a educação científica de baixa qualidade. Até mesmo muitos calouros nas faculdades de Biologia não entendem a teoria da evolução.)

As cinco proposições abaixo parecem ser os equívocos mais comuns baseados numa versão espantalho criacionista da evolução. Se você ouvir alguém fazendo qualquer uma delas, há excelentes chances dessa pessoa não conhecer suficientemente sobre a verdadeira teoria da evolução para formar uma opinião instruída:
A evolução nunca foi observada.
A evolução viola a 2ª Lei da Termodinâmica.
Não há fósseis transicionais.
A teoria da evolução diz que a vida surgiu, e prosseguiu evoluindo por acaso.
A evolução é apenas uma teoria, nunca foi provada.

Abaixo se explica o porquê dessas afirmações estarem erradas. De forma breve e em algo simplificada; consulte as referências indicadas ao final para maior aprofundamento.

Cientificismo Ateísta - Ricardo Braida

Vou falar aqui sobre um estigma que eu venho sentindo no decorrer dos últimos anos, é algo que não tenho visto sendo falado nem debatido na internet brasileira, porém sinto a necessidade de difundir esse pensamento aos demais e minha preocupação desse comportamento aliado com o crescimento do ateísmo no país apenas como mais uma forma de modismo.

Em debates na vida real e principalmente na virtual, a coisa mais fácil é encontrar ateus e crentes dos mais variados tipos, desde os mais burros e ignorantes até os mais letrados e inteligentes. Quando qualquer um desses tipos se encontram, é bem provável que falem de um dos assuntos mais batidos do mundo, que é a existência de Deus.

Só que a curiosidade do crente quanto ao posicionamento ateísta extrapola os limites das questões motivacionais da descrença. Quantas vezes já nos deparamos com crentes nos perguntando se realmente acreditamos que tudo veio de uma grande explosão ou se achamos que viemos do macaco? Mas… o que isso tem a ver com o ateísmo? Ou melhor, eu seria menos ateu caso dissesse que não faço idéia de como viemos parar aqui? Ou quer dizer que se eu tivesse vivido nos anos 30 eu não poderia ter sido ateu porque a ciência nela época nada (ou muito pouco) sabia sobre cosmologia e evolução? A resposta é óbvia, mas o ateísmo atual comporta-se como se essas coisas tivessem real relação com a descrença. A importância de se dar essas respostas, completas e inequívocas, a um crente é tanta que alguns ateus passam suas madrugadas fuçando respostas prontas na internet, alguns menos preparados têm como “fonte” qualquer blog, outros já partem para Wikipédia, outros preferem a versão em inglês (como se a linguagem fosse garantia de confiabilidade) e outros TalkOrigins e similares.

Guia de Casos Clássicos de Falácias

* Argumentum ad antiquitatem (Argumento de antiguidade ou tradição):

Afirmar que algo é verdadeiro ou bom porque é antigo ou "sempre foi assim".

Ex: "Se o meu avô diz que Garrincha foi melhor que Pelé, deve ser verdade."

* Argumentum ad hominem (Ataque ao argumentador):

Em vez de o argumentador provar a falsidade do enunciado, ele ataca a pessoa que fez o enunciado.

Ex: "Se foi um burguês quem disse isso, certamente é engodo".

* Argumentum ad ignorantiam (Argumento da Ignorância):

Ocorre quando algo é considerado verdadeiro simplesmente porque não foi provado que é falso (ou provar que algo é falso por não haver provas de que seja verdade). Note que é diferente do princípio científico de se considerar falso até que seja provado que é verdadeiro.

Ex: "Existe vida em outro planeta, pois nunca provaram o contrário"

Caro Teólogo - Dan Barker

Tenho algumas perguntas e acho que você é a pessoa certa para responder. Tenho passado por momentos difíceis sentado aqui em cima no céu, sem ter com quem falar. Eu falo conversar, realmente. Na verdade, posso conversar com um destes muitos anjos, mas já que eles não têm livre arbítrio, e já que fui eu mesmo que criei todos os pensamentos contidos nas suas mentes submissas, eles não são parceiros muito interessantes. Claro que eu poderia falar com Jesus ou a "terceira pessoa" da nossa "Santíssima Trindade", o Espírito Santo, mas já que somos a mesma pessoa, não há nada o que aprender um com o outro. Nós não poderíamos nem jogar xadrez. Às vezes Jesus me chama de Pai e isto me faz bem, mas desde que somos a mesma pessoa e temos o mesmo poder, não faz muita diferença.

Você é uma pessoa educada. Estudou filosofia e as religiões do mundo, e você tem um preparo intelectual que lhe permite travar um diálogo com alguém do meu nível - não que eu não possa dialogar com qualquer um, mesmo com um crente não educado desses que enchem as igrejas e me aborrecem com intermináveis solicitações, você sabe como é. Às vezes temos interessantes interações com um colega. Você leu os clássicos. Escreveu artigos e livros sobre mim. Conhece-me como ninguém mais.

Você poderá estar surpreso em saber como posso ter dúvidas. Não, não são dúvidas retóricas, vindas de ensinamentos espirituais, mais dúvidas reais, provenientes de um Deus honesto. Sua curiosidade é herança minha. Você pode dizer, por exemplo, que o amor é um reflexo da minha natureza em você, não é verdade? Já que questionar é saudável, isto veio de mim.

Alguém certa vez disse que deveríamos provar tudo, e sustentar firme o que há de bom. Minha primeira pergunta é esta: 

Ateus Fracos vs Ateus Fortes

O ateísmo forte não requer a fé

- O ateísmo não é uma crença apoiada em dogmas: ele acabaria se surgisse uma prova irrefutável da existência de entidades divinas.
- É a crença na existência de algo sem que existam provas a esse respeito que é inaceitável e não o contrário, ou seja, caso não se possa provar que algo existe, deve-se partir do pressuposto de que esse algo não existe. A descrença dos ateus não é equivalente a uma crença, uma vez que o ateísmo só existe como conseqüência da falta de provas e indícios favoráveis à existência de deuses.
- A inexistência de deus não precisa ser provada porque, da maneira como é apresentada pela maioria das religiões, é essencialmente auto-contraditória. Seria logicamente impossível que tal deus exista.

O ateísmo forte requer fé

- Nada impede que muitos teístas afirmem que abandonariam suas crenças caso fique provado que seu deus não existe. Isso não faz com que eles deixem de estar apoiados na fé.
- É notadamente uma falácia afirmar que, porque uma coisa não foi provada como verdadeira deve ser necessariamente falsa. Para a ciência, todo aquele que afirma algo sobre a realidade passa a ter o ônus da prova. Tanto pessoas que afirmem que um deus existe quanto aquelas que afirmam não haver deuses precisam apresentar provas daquilo que estão dizendo.
- A lógica é freqüentemente usada tanto para tentar negar, quanto para tentar provar a existência de um criador. Até mesmo o pressuposto de que a lógica seria capaz de concluir pela existência ou não de um deus é algo questionável.

Resumindo:

- Ateísmo forte - a existência de certas concepções de deuses é impossível; pode-se assim ter certeza de não existirem.

- Ateísmo fraco - não há evidência da existência de deuses; talvez possam até existir, mas acho pouco provável.

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